Minha História

Prezados,

Fumei diariamente desde os meus 15 anos de idade, possuindo atualmente 43 anos de idade. Quando iniciei com o cigarro analógico, possuía exemplos na família, como pai e tios, que mantinham este habito. Naquela época, já se falava dos males provocados pelo consumo do cigarro, porém ainda era um período de dúvidas, não se tinha certeza dos males, e diversos viciados defendiam que o principal causador de doenças como o câncer e outros males, seriam por questões genéticas.

Desta forma, eu e eles, mantivemos o vício, sob esta ilusão, até que a medicina deixou claro e evidente, inclusive através de pesquisa científica que o cigarro é um verdadeiro "catalizador" para estas doenças. Posso dizer que fumei tranquilamente até meus 28 anos de idade, e de lá pra cá, os demais anos foram preenchidos de tentativa infrutíferas de se preocupar com os males de fumar e não conseguir parar. Em um único momento consegui parar de fumar com o uso de piteiras, que você ia mudando a cada semana durante um mês, que foram inclusive bastante vendidas em programas da televisão, porém, por fumar um único cigarro, voltei aos poucos e não consegui mais abandonar o vício.

Tentei diversas formas para parar de fumar, dentre elas, adesivo de nicotina, chiclete de nicotina, medicações ansiolíticas com prescrição médica como o "BUP", e tantas outras novidades que apareciam no intuito de ajudar o fumante a deixar este mal hábito.

Enquanto tentava de todas as formas largar o vício, escutei de diversas pessoas, inclusive ex-fumantes, que "é só querer", que de nada adiantava as tentativas pois o necessário seria o "Só querer" e força de vontade.

Infelizmente as pessoas tem personalidades diferentes, qualidades diferentes, defeitos diferentes, e fraquezas diferentes. Me enquadro num rol de pessoas que se tornam tão viciadas que o "Só querer" não funciona. Por sinal, a única boa lição que o cigarro me deu foi essa, de que eu vicio facilmente e não consigo deixar o vício, assim, sequer experimentei em toda a minha vida qualquer outro tipo de droga, bem como, também não consumo bebidas alcoólicas, tudo pela plena consciência da minha facilidade em viciar.

Ao longo dos anos, os meus exemplos foram morrendo, vítimas do cigarro que provocou o câncer em cada um deles. Meu pai "ganhou" um no sistema digestivo, três tios meus ganharam no pulmão, tive inclusive primo que faleceu aos 49 anos, com 5 tumores no fígado. Ainda conforta um pouco o fato de meu pai e dois dos tios falecerem após os 70 anos, pois a minha geração é muito "estragada", foi criada em uma época em que não se avaliava a má alimentação, preocupação habitual das novas gerações, assim sempre existiu liberdade quanto ao consumo de refrigerantes, enlatados, similares, e toda esta porcaria alimentar que hoje é bastante condenada. Com tudo isso, chegar aos 70 já seria de grande lucro para a minha geração.

Ocorre que, o viciado sabe que o produto lhe faz mal, mas não consegue deixar, então passa a vida preocupado quando vai ser "a sua vez". Outros fumantes que fazem parte deste grupo, com certeza se identificam com a tensão que é esperar uma radiografia de tórax após uma gripe ou resfriado.

Diante de todo este quadro, as tentativas reiteradas de parar de fumar e a frustração por não conseguir são reiteradas, e a cada derrota você acaba fumando mais. Estava fumando dois maços por dia, e a abstinência quando tentava reduzir, sempre foi muito forte, com insônia, palpitação, tontura e irritação, estes, acredito, efeitos da nicotina.

Diante deste quadro, já estava ansioso pela liberação do cigarro eletrônico, sabia que existia um comércio informal sobre o mesmo, mas não conhecia ninguém que utiliza-se. Assim, ficava difícil pra mim entrar neste mundo novo, sem ter conhecimento suficiente se estaria trocando uma porcaria por outra, o que seria arriscado. Tenho uma irmã que mora nos EUA, e ela já tinha me ligado oferecendo para comprar, mas eu estava relutante, por não conhecer o mercado interno no brasil para o fornecimento dos produtos, bem como, acompanhar notícias de explosões de cigarro eletrônico e etc...

Eu sou Advogado, e no meio de audiência no Juizado Especial da minha região, observei um conciliador vaporando um vape no intervalo de audiências. Já o conhecia esporadicamente de algumas audiências em que ele conciliou, e me aproximei e fiz diversas perguntas, como preço, produto, reposição e etc.

Este colega não só me respondeu a tudo como ficou empolgado para que eu também me torna-se um vaper, fornecendo ainda telefones e contatos de pessoas aqui da região. Me deixou experimentar o seu vape, que por sinal, como tinha acabado de fumar um cigarro analógico, não senti gosto de nada, mas vaporei, com um pequeno arranhão na garganta, e fiz fumaça. Naquele momento percebi a minha chance de largar o cigarro convencional, pois tinha certeza de que seria de grande valia para a minha saúde, e que aquele equipamento realmente me ajudaria, principalmente pelo motivo de eu poder comprar o juice com graus de nicotina diferenciados, de forma a poder "desmamar" o vício a este produto, porém também percebi que deveria estar preparado financeiramente, pois como sou casado e com duas filhas, ando sempre "apertado" e não possuo grande capital disponível. Naquele momento, a matemática era favorável, pois gastava aproximadamente R$ 10,00 (2 carteiras de WINSTON) por dia, e o colega me informou que um vidro com 30 mls, que custava R$ 40,00 durava uma semana, porém existia o custo do equipamento, que à época valia uns R$ 250,00.

Por grande ajuda e apreço, minha irmã veio ao Brasil em Maio, e me presenteou com um aspire pokex, que vinha com duas resistências e ainda trouxe mais uma caixinha com mais 5 resistências. De início comecei com juices com 6mg de nicotina e sofrí com isso. Hoje aconselho aos iniciantes que fumam muito iniciar com 12mg, pois não tive os sintomas de insônia, irritação e palpitação, mas tive muita tontura durante uma semana aproximadamente, que foi prosseguida de tontura leve, e após nenhuma tontura.

Após um mês de uso aproximadamente comprei sem nicotina, embora aconselhado pela vendedora a não fazê-lo. Deu completamente errado, todos os sintomas de abstinência que já citei voltaram. sorte que ainda tinha 10mls do juice com 6mg de nicotina e por este motivo não voltei ao cigarro analógico, comprando de emergência, 30ml de juice com 3mg de nicotina.

Com esta nova redução, apenas a tontura voltou, mas de forma bem mais branda e leve. Hoje, eu compro sempre juice com e sem nicotina e vou reduzindo gradativamente, com a intenção de me livrar do vício químico deste produto. Passei a misturar durante duas semanas 50% de juice com 3mg de nicotina com 50 % de juice sem nicotina, objetivando reduzir o produto. Atualmente estou em uma mistura de 1/4 com nicotina 3mg e 3/4 sem nicotina e acredito que vou conseguir ficar sem ela ainda este mês.

Importante ressaltar que a medida que você diminui a nicotina você vapora mais, por pura necessidade do organismo, porém não estou preocupado com isto no momento, encarando como primeira meta o abandono da nicotina apenas. Conservo sempre um juice com 3mg de nicotina, para emergências do organismo, de forma a impedir que, pela necessidade química, eu volte a fumar o cigarro analógico, porém, informo que até o presente momento não precisei usá-lo, nem sequer fiquei tentado a fazê-lo, indicando que este "programa de redução de nicotina" está funcionando.

Encontrei esta comunidade através de um vídeo do youtuber "o poderoso vapor", que elogiou esta comunidade por ser já bastante antiga e formada por pessoas já experientes com este tipo de produto e mercado.

Eu me adaptei muito bem ao vaper e não pretendo parar de usá-lo, porém o meu objetivo é usar o mesmo de forma diferente de como eu uso hoje, todo o dia, o dia todo, para passar a usar de forma não habitual. Porém esta será outra etapa, e vamos caminhando, um passo de cada vez.

Danilo, seja bem vindo, em primeiro lugar belo depoimento,
em seguida um conselho, de quem já fumou 3 maços de de cigarro por dia, vá devagar com a redução de nicotina, ou seja sem pressa de zerar, além do que não é a nicotina a maior vilã no cigarro e sim as outras 4600... e tantas, um abraço e sucesso.

Carlinhos escreveu:Danilo, seja bem vindo, em primeiro lugar belo depoimento,
em seguida um conselho, de quem já fumou 3 maços de de cigarro por dia, vá devagar com a redução de nicotina, ou seja sem pressa de zerar, além do que não é a nicotina a maior vilã no cigarro e sim as outras 4600... e tantas, um abraço e sucesso.

Obrigado pelo conselho Carlinhos! Vou administrando aqui a nicotina para não falhar!

Excelente depoimento, Danilo!

Acompanho as palavras do Carlinhos.

Vaporei a 3mg/ml por quase dois anos. Há alguns meses estou nos 2mg/ml e não sei se baixo disso.

Belo Depoimento
Obrigado por compartilhar !

Parabéns pelo depoimento.

Parabéns pelo depoimento!